18 novembro 2006

NEWSLETTER 11.2006 - ODM 7

O tipo e a dimensão do consumo de energia é uma das áreas que nos que mostra claramente as diferenças económicas e sociais entre os países ricos e os países pobres, mas também a injustiça social do mundo em que vivemos. Um bilião das pessoas mais pobres do mundo não tem a acesso a um fornecimento regular de energia, o que as leva a cortar árvores para combustível, originando problemas de desflorestação. Por outro lado, o grande consumo e desperdício de energia pelos países ricos tem sido o grande responsável pelo crescente problema de efeito estufa com consequentes alterações climáticas.

De acordo com especialistas, as alterações climáticas são responsáveis pelo aumento do nível médio das águas do mar, ameaçando muitas áreas costeiras do mundo, algumas densamente povoadas, e mesmo países inteiros como alguns que se localizam em ilhas do Pacífico. Como resultado das alterações climáticas, assistimos cada vez mais a fenómenos climáticos extremos que muitas vezes atingem precisamente os países mais pobres e vulneráveis. Os problemas ambientais têm, assim, cada vez uma dimensão global. Os impactos no ambiente e os fenómenos de poluição não conhecem fronteiras e muitos países podem sofrer os efeitos de um maior desrespeito ambiental de outros.

No entanto, a valorização dos recursos naturais e ecossistemas pelo seu valor intrínseco e a solidariedade entre os povos para combater problemas ambientais deve também nortear política ambiental de um país. Deverão ser assumidas responsabilidades, não só a uma dimensão local, mas também a nível global, para que se actue em conjunto e com vista a um objectivo comum: a garantia da sustentabilidade ambiental.

Pretende-se alcançar este ODM através de três metas: integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas nacionais e inverter a tendência de perda de recursos ambientais; reduzir pela metade, até 2015, a população sem acesso permanente e sustentável a água potável segura; e alcançar, até 2020, uma melhora significativa nas vidas de, pelo menos, 100 milhões de habitantes de bairros degradados.

Fontes:
http://millenniumindicators.un.org
http://www.undp.org/